Dia 24 de fevereiro, a Multiplan divulgou os resultados do quarto trimestre e do ano de 2015. As vendas dos lojistas aumentaram 4,5% e as vendas na mesma área cresceram 3,3% em 2015 sobre a forte base de 2014. A diferença de 1,5% entre as vendas na mesma área e nas mesmas lojas reflete as trocas positivas no mix de lojas. A companhia trocou 30.727 m² de ABL, área equivalente a um shopping center, locando-a com lojas mais eficientes.
O crescimento das vendas, principalmente no quarto trimestre, se deu também em função da bem-sucedida campanha de marketing de fim de ano, com o sorteio de 252 veículos SUV nos shopping centers da Multiplan.
Desde 2010, as vendas anuais quase dobraram, de R$ 7,5 bilhões para R$ 13,3 bilhões. Durante o período de dez anos a partir de 2005, as vendas mais do que quadruplicaram sobre o valor original, adicionando R$ 10,2 bilhões.
Apesar do cenário de adversidade, os shoppings Multiplan têm se mostrado resilientes ao longo do ano. O paulistano MorumbiShopping, em seu 34º ano de operação, apresentou um crescimento de 6,3% no ano e de 8,9% no quarto trimestre. O Pátio Savassi, em Belo Horizonte, de 7,7% e 11,6%, enquanto o ShoppingVilaOlímpia, também em São Paulo, de 16,4% e 8,4%, respectivamente.
Outro resultado positivo apresentado pela Multiplan foi o crescimento do aluguel nas mesmas lojas, que subiu 6,2% no trimestre e 7,4% no ano, indicando um aumento real de 2,4% em 2015. O resultado foi atingido sobre um forte crescimento de 8,8% do indicador em 2014.
A receita de locação aumentou 7,5% e receita de estacionamento cresceu 12,2% em 2015, levando a um aumento de 8,7% do NOI + Cessão de Direitos no período.
A taxa de ocupação média foi de 98,0% no quarto trimestre e de 98,3%, em 2015.
O custo de ocupação ficou levemente abaixo no trimestre, em 11,6%, e, no ano, em 12,6%, como resultado da redução dos custos de condomínio, em contraste ao aumento da receita de locação.
Todas as despesas combinadas apresentaram queda de 26,7% no trimestre e 12,0% no ano, resultando em um aumento de margens para a companhia.
A dívida líquida/EBTIDA permaneceu estável em 2,4x e o custo da dívida foi de 13,09%, 116 p.b. abaixo da taxa Selic ao fim de 2015. Por meio de uma gestão de passivos, dívidas que somam R$ 262 milhões tiveram prazos estendidos, resultando em uma dívida de curto prazo equivalente a 25.6% do FFO de 2015 + posição de caixa.
O lucro líquido aumentou 10,9% no quarto trimestre, atingindo R$ 137,7 milhões, e o FFO foi de R$175,2 milhões no trimestre. Em 2015, o lucro líquido foi de R$ 362,2 milhões, queda de 1,6%, e o FFO atingiu R$ 530,7 milhões, equivalente a R$ 2,83 por ação. O EBITDA consolidado do trimestre apresentou crescimento de 1,5% sobre o mesmo período de 2014, alcançando R$ 227,3 milhões. No ano, o indicador foi de R$ 789,2 milhões, queda de 0,6%, devido principalmente a uma redução de R$ 98,5 milhões (-83,9%) nas vendas de imóveis.
Em 2015, foi anunciados um total de R$ 225 milhões de dividendos na forma de Juros sobre Capital Próprio, a maior distribuição anual feita até o momento, representando um payout de 64,7% do lucro líquido após reservas legais.
